Bom, eu gosto de correr. Mas sabia que fazer esse filme seria algo pesado, vigoroso, então comecei a malhar um pouco, depois das lições de montaria e das leituras do roteiro. Meu treinador estava me enchendo de socos! (risos) Mas nunca me senti tão preparada para fazer um filme que envolvia sequências de ação. Nunca estive em melhor condição física na minha vida. Cheguei a vencer minha melhor amiga na queda de braço.
Em momentos de confusão mental, Branca de Neve recorre a orações. Você é religiosa?
Não sou religiosa. Mas, definitivamente, converso comigo mesma. Mas não em voz alta, não quero parecer uma maluca. Há momentos em que interpreto determinados acontecimentos como sinais, quando estou prestes a fazer algo importante e não sei qual será o resultado, por exemplo. Nesses dias, quando alguma coisa trivial dá errado, como deixar cair algo no chão, eu praguejo e tenho a nítida impressão de que terei um dia horrível. Conversar comigo mesma é uma forma de colocar energia positiva no mundo. Sou obcecada por isso, em não estragar uma situação. Acho que é o que Branca de Neve faz com suas orações.
O assédio dos fãs da saga Crepúsculo a incomoda? Como lida com esse tipo de fanatismo?
Não saberia dizer... Não penso muito sobre isso. O fato é que consegui compartilhar a experiência desses filmes com milhões de pessoas do mundo inteiro. É uma maluquice, eu sei, mas é uma experiência única, que provavelmente nunca mais vai se repetir. É muito doida, estranha e maravilhosa essa coisa de dividir energia com tantas pessoas. Não sei como essas pessoas me verão depois que a saga acabar.
Filmes pequenos e artesanais, como Na Estrada, dirigido pelo brasileiro Walter Salles, são uma forma de se distanciar da imagem de heroína de superproduções, como a saga Crepúsculo?
É legal oferecer algo novo para o público, diversificar a percepção que a plateia tem de você. Mas adoro Crepúsculo, tenho muito orgulho da saga. Vejo como um grande cumprimento quando um fã chega para mim e diz: “Não consigo vê-la em outro tipo de filme!”. Sei que sempre serei lembrada pela Bela de Crepúsculo. E não é uma coisa ruim. Há lugar para todo tipo de trabalho. Gosto de filmes pequenos também. Não vejo Branca de Neve e o caçador como um filme que possa mostrar que sou capaz de fazer algo diferente de Crepúsculo. Não parece óbvio para o espectador, mas quando estou filmando, não é.

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